Queda Histórica da Euribor

As famílias portuguesas vão sentir algum alívio nas prestações dos seus créditos à habitação a partir de setembro, devido à maior queda mensal da Euribor em 15 anos. Segundo os mais recentes dados divulgados, as taxas Euribor a seis e a 12 meses, que servem de referência para a maioria dos contratos de crédito à habitação em Portugal, registaram em agosto a maior descida desde 2009.

Queda Histórica

A Euribor a seis meses, a mais utilizada nos créditos à habitação no país, desceu para os 3,425%. No prazo de 12 meses, a média deste mês é de 3,166%. A três meses, a média fixou-se nos 3,548%.

Impacto no Orçamento Familiar

Esta descida das taxas Euribor irá traduzir-se numa redução significativa das prestações mensais dos créditos à habitação, variando entre 24 e 81 euros, dependendo do montante do empréstimo e do prazo remanescente. Para um crédito com um saldo em dívida de 150 mil euros e um prazo de 30 anos, indexado à Euribor a seis meses, a prestação poderá baixar até 80 euros em setembro.

O impacto desta redução é particularmente relevante num contexto de aumentos generalizados do custo de vida, oferecendo às famílias portuguesas um alívio financeiro importante. Desde o início da subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu, os encargos mensais com o crédito à habitação têm vindo a aumentar, pressionando significativamente os orçamentos familiares. Esta recente descida oferece, portanto, um merecido respiro, apesar da incerteza que ainda paira sobre a evolução futura das taxas de juro.

Perspetivas Futuras

Analistas do setor financeiro alertam, contudo, que esta descida pode ser temporária, dependendo da evolução da política monetária do Banco Central Europeu e da estabilidade económica global. Embora o alívio nas prestações seja bem-vindo, é recomendável que as famílias mantenham alguma cautela na gestão dos seus orçamentos, considerando a volatilidade das taxas de juro e as possíveis flutuações no mercado imobiliário.

Em suma, a descida da Euribor em agosto representa uma oportunidade de alívio financeiro para as famílias, mas não elimina a necessidade de prudência face a um cenário económico ainda incerto.


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